segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Annie Lennox - Little Bird

Não é, de modo algum, a música do momento. Não é um êxito recente. Não é uma novidade.

Trata-se de uma cantiga que pedi emprestada à BSO do clássico Striptease, com a boa da Demi Moore (raios partam a moça, é que é mesmo toda boa!). Uma cantiga pela qual há muito me deixei enfeitiçar, da carismática escocesa Anni Lennox (Eurhytmics).

E visto que ultimamente sinto as minhas asas cortadas, que melhor ocasião para partilhar com o mundo (ou com quem quiser ouvir) esta bela melodia?

Enjoy!



I look up to the little bird
That glides across the sky
He sings the clearest melody
It makes me want to cry
It makes me want to sit right down
and cry cry cry
I walk along the city streets
So dark with rage and fear
And I...
I wish that I could be that bird
And fly away from here
I wish I had the wings to fly away from here

But my my I feel so low
My my where do I go ?
My my what do I know ?
My my we reap what we sow
They always said that you knew best
But this little bird's fallen out of that nest now
I've got a feeling that it might have been blessed
So I've just got to put these wings to test

For I am just a troubled soul
Who's weighted...
Weighted to the ground
Give me the strength to carry on
Till I can lay this burden down
Give me the strength to lay this burden down down down yeah
Give me the strength to lay it down

But my my I feel so low
My my where do I go ?
My my what do I know ?
My my we reap what we sow
They always said that you knew best
But this little bird's fallen out of that nest now
I've got a feeling that it might have been blessed
So I've just got to put these wings to test

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Livre

Ontem dancei...

Esqueci-me do mundo e dancei comigo. Dancei para mim. Dancei por mim...

Mandei tudo à fava, todos os problemas, todas as preocupações, todas as desavenças. Coloquei atrás das costas todos os sentimentos acessórios, tudo o que não interessa realmente. Porque aquele momento foi meu e só meu.

Voei. Livre como algo livre, nem pássaro, nem borboleta, nem vento, nem nada. Simplesmente livre, e senti-me feliz. Senti-me capaz, senti-me... mais eu.

Ontem sorri. Para ninguém em especial, justamente para a ausência desse alguém. Sorri para dentro, sorri para mim.

Sem nada que me impedisse, sem nada que me fizesse parar... Libertei-me sem esperar consequências. Rodopiei ao som da música, leve, satisfeita. A alma estranhando a felicidade, a mente estranhando o descontrolo, o corpo adorando cada segundo.

Apreciando a solidão, despi-me de complexos e por um momento amei o meu ser. Abracei-me e tornei-me una comigo mesma, quando o normal seria já o sermos desde sempre...

Mas há momentos que não se destinam a durar mais que isso mesmo... um momento. O encanto quebrou-se, a magia desvaneceu-se. Para dentro desta caixinha secreta e trancada voltou o meu eu. O meu outro eu... Aquele eu que nunca devia ter escondido. Aquele que só eu conheço...

De volta à realidade... um novo amanhecer espera-me. Tal como eu espero que um novo amanhecer me liberte novamente.